segunda-feira, 23 de março de 2015

                  
ADORAÇÃO/ SERVIÇO COM AMOR E UNIDADE

    Na postagem anterior, fomos lembradas que o serviço como adoração a Deus requer de nós uma atitude voltada aos interesses do próximo e dos mais necessitados em geral. Encontramos alguns exemplos de mulheres que, após a conversão, tinham como estilo de vida o serviço de tempo integral a Deus e ao próximo. Entretanto, neste artigo, veremos que para adorarmos a Deus, a nossa motivação tem mais importância do que propriamente a ação.
 Quero falar-lhe de uma mulher chamada Gicelda. Provavelmente, você não a conheça e nunca ouviu falar dela. Ela não é uma artista famosa, nem uma mulher executiva bem sucedida. Nunca cursou uma faculdade e nem viaja dando palestras.
   Hoje, Gicelda é uma mulher viúva, com 81 anos de idade, mas que durante a sua vida foi apenas fiel esposa e mãe. Ela e o marido criaram cinco filhos, e todos casaram e lhe deram netos e bisnetos. Cuidar do lar é a sua única profissão, e ela se dedicou com afinco a este chamado. Sua vida de serviço ao marido e aos filhos fala com eloquência sobre o seu amor pelo Salvador.
  O dom da hospitalidade de Gicelda é parte integrante da sua igreja local. Muitas vezes famílias de missionários, pastores, seminaristas e irmãos da igreja, foram abençoados com alimentos gostosos e bem preparados para eles numa refeição. Mesmo com uma situação financeira apertada, constantemente ela faz trabalhos manuais e compotas de doces como meio de arrecadar recursos como oferta a missões, ou para ajudar a Missão Portas Abertas. Gicelda está sempre voltada às necessidades dos outros de maneira prática. Se alguém estiver mal no hospital, ela vai visitar. Se for em uma casa, ela leva uma refeição ou um delicioso pãozinho para a família. Quando solteira,  aprendeu a cortar cabelo no salão de seu tio, no Rio de Janeiro, e durante a sua vida inteira, usou esse talento para cortar cabelo das crianças da missão Vinde Meninos, dos alunos do seminário Palavra da Vida, e de pessoas carentes que moravam ao seu redor.
  Seus atos de compaixão não param,  pois vizinhos,  família,  irmãos da igreja são sempre alvos de suas boas obras. Por onde anda, ela carrega folhetos evangelísticos para distribuir, compartilhando o amor de Deus, e o que Ele fez em sua vida.  Servir com alegria tem sido o estilo de vida da Gicelda. Sua dedicação influencia todos que a conhecem. Em sua igreja, ela tem um ministério diário, sendo responsável por compartilhar devocionais em cada turma dos cursos de artesanatos que a igreja oferece, sempre com o objetivo de edificar e evangelizar os perdidos. Não tem como mensurar os frutos do seu trabalho aqui na terra.
  Gicelda é meu exemplo de uma mulher mestra do bem de Tito 2. Gicelda também é minha mãe. Com apenas o curso primário, ela é uma conhecedora das Escrituras, e Deus tem usado-a no meio de mulheres simples e cultas, mulheres que cursaram faculdades e mestrados. Ela anseia estar na presença gloriosa de Deus. Sua vida pode ser resumida nas palavras de nosso Senhor:  “... quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo..." Mateus 20.26,28.
     A Bíblia nos diz que a essência de Deus é amor. Uma mulher cristã que não demonstra uma afeição pelas pessoas é incompatível. Se quisermos representá-lo aqui na Terra, temos de manifestar essa característica, que o levou a voluntariamente entregar o Seu único filho como sacrifício pelos pecados de toda a humanidade. O apóstolo Paulo escreve: "E andai em amor, como Cristo, que também nos amou e se entregou por nós a Deus, como oferta e sacrifício com aroma suave" (Efesios 5:2)
   Aqui está a grande diferença dessas organizações que prestam ajuda humanitária. Fomos chamadas para manifestar esse amor de Deus na igreja e fora dela. De que forma? Servindo desinteressadamente. Atos de serviços executados de forma exibicionista, interesseira, relutante, indiferente ou com ressentimento são contrários ao padrão bíblico. É possível que nem sempre serviremos com nossos talentos como gostaríamos, o mais importante é a nossa disposição para atender as necessidades em cooperação uns com os outros.  
   Na oração de Jesus pelos discípulos, Ele disse:" Para que sejam um, assim como somos um". O amor existente na Trindade é o segredo para o relacionamento entre os cristãos que promovem a unidade na igreja. O ser junto (continuidade) e não só o fazer junto, faz a diferença. É quando deixamos de lado toda forma de parcialidade, favoritismo e preferências, que nossos atos de serviços poderão ser como uma adoração a Deus. "Sem amor seremos apenas como objetos barulhentos"!
   Querida amiga, como escreveu o autor Nate Palmer: "só existem duas maneiras de mostrar ao mundo esse amor de Deus: A primeira é acolhendo as pessoas incondicionalmente, e assim, sendo constante fonte de bondade, amor, serviço e um espírito alegre para compartilhar o que Jesus fez na cruz. Deus não esperou que fôssemos pessoas dignas de serem amadas para nos acolher e nos salvar. O mandamento de Deus para amar ao próximo não deixou de fora a adolescente de piercing e tatuagem, os presos, os tradicionais, os homossexuais, os ricos, e nem os que defendem o aborto". Paulo falou aos Romanos:" Acolhei-vos uns aos outros como Cristo vos acolheu" (Rom.15:7).
    "A segunda maneira, é tratar os outros com amor sacrificial. Em um mundo centrado em si mesmo não existe algo melhor para chamar a sua atenção do que quando abrimos mão do nosso tempo, dinheiro, casa, e praticamos atos abnegados de serviço ao próximo, como um estilo de vida e de generosidade". Quer sirvamos na igreja ou fora dela, ao olharmos para o lado,  sempre encontraremos pessoas necessitadas de alguma ajuda, ou oportunidades para transmitir as boas novas de Jesus por meio das nossas ações.
   Algumas vezes, Deus nos chama a praticar atos de serviços que podem parecer extraordinários, mas na maioria das vezes são bem simples, como: levar comida a uma família onde a dona da casa está doente; doar roupas; cuidar de crianças; visitar pessoas enfermas; transportar pessoas para a igreja ou outro lugar; doar cesta básica; receber pessoas para fazer refeições ou mesmo hospedar em nossa casa, fazer uma faxina, e muitas outras coisas...
   Amiga, se você é como eu e tem dificuldade em servir com sincera afeição, creio que essa frase a ajudará numa  reflexão: "Todas as vezes que servirmos com uma genuína afeição, nossa vida aponta para Deus e gravamos o amor de Deus no coração das pessoas".     
"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifique vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:17).

    

     

Fonte: "Serviço como Adoração". Autor:  Nate  Palmer  
      

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