segunda-feira, 25 de julho de 2011

Maternidade é um Chamado

    Alguns dias atrás precisei levar meu filho Filipe com febre ao médico e no caminho ele perguntou se podia traduzir um artigo em inglês que acabara de receber e que o fez lembrar de mim. Fiquei curiosa e enquanto voltávamos para casa ele foi lendo em seu celular . Como ele já sabia, pude me identificar com a forma de pensar da autora e por isso,  não pude conter as lágrimas dos olhos mesmo no volante. Lembrei do tempo em que pude investir na vida dos meus filhos pequenos e do chamado que Deus me deu para ser mãe de quatro filhos.
  
     Com o desejo de que o artigo pudesse edificar outras vidas, pedi para que Mariana (futura nora)  o traduzisse, mas antes dela acabar a tradução, o encontramos já traduzido no blog iprodigo.com. Sendo assim, resolvi posta-lo  crendo que trará preciosos ensinamentos para as mulheres cristãs.

 

… e onde seus filhos se encaixam nisso

Alguns ano atrás, quando eu tinha apenas quatro filhos (N.T.: Rachel tem cinco filhos atualmente) e o mais velho tinha apenas três anos, eu os arrumei para uma caminhada. Quando a última fralda foi finalmente guardada e estávamos prontos pra sair, a minha filha de dois anos virou pra mim e disse: “uau, você está bem ocupada!”.
Ela poderia muito bem ter dito algo como “Você sabia que existe preservativo?” ou “Eles são todos seus?!”.
Aonde quer que você vá, as pessoas querem falar sobre seus filhos. Por que você não deveria tê-los, como você poderia ter se prevenido, e por que elas nunca fariam o que você fez. Elas querem se certificar que você sabe que não estará mais sorrindo quando eles forem adolescentes. E tudo isso na fila do mercado, enquanto seus filhos estão escutando.

Um trabalho ingrato?


A verdade é que, anos atrás, antes mesmo que essa geração de mães houvesse nascido, nossa sociedade decidiu onde as crianças se encontram na lista de coisas importantes. Quando o aborto foi legalizado (N.T.: nos EUA), nós escrevemos essa decisão na constituição.
As crianças estão muito abaixo da faculdade nessa lista. Certamente, abaixo das viagens ao exterior para conhecer o mundo. Abaixo das noites de sair para se divertir. Abaixo de esculpir seu corpo na academia. Abaixo que qualquer emprego que você tenha ou espere ter. Na verdade, as crianças estão abaixo de simplesmente sentar e cortar as unhas, se é isso que você quer fazer. Abaixo de qualquer coisa. Filhos são a última coisa que você jamais deveria gastar seu tempo.
Se você cresceu nessa cultura, é muito difícil ter uma perspectiva bíblica da maternidade e pensar como uma mulher cristã livre sobre sua vida e seus filhos. Quando vezes não demos ouvido à verdades parciais e meia mentiras? Será que acreditamos que querermos filhos porque há algum tipo de inclinação biológica, ou o “instinto materno”? Será que realmente desejamos isso tudo só por causa das roupinhas minúsculas e as fotos fofinhas? Será a maternidade um trabalho ingrato feito para aquelas que não são capazes de ir além, ou aquelas satisfeitas com qualquer atribuição? Se sim, onde é que estávamos com a nossa cabeça?

Não é um hobby


Maternidade não é um hobby, é um chamado. Você não coleciona crianças porque você acha que são mais bonitinhas que figurinhas. Não é algo para fazer se você conseguir encaixar na agenda e achar tempo. Foi para isso que Deus te deu seu tempo.
Maternidade não é um hobby, é um chamado. Você não coleciona filhos porque você os acha mais bonitinhos que figurinhas

Mães cristãs carregam seus filhos em um território hostil. Quando você está em público com eles, você está acompanhando e defendendo objetos de desdém cultural. Você está afirmando publicamente que valoriza o que Deus valoriza e que você se recusa a valorizar o que o mundo valoriza. Você se coloca à frente dos indefensáveis e dos necessitados. Você representa tudo o que a sua cultura odeia, porque você representa o entregar de sua vida por outra – e entregar sua vida por outra representa o evangelho.
Nossa cultura simplesmente tem medo da morte. Entregar sua vida, de qualquer forma, é aterrorizante. Curiosamente, é esse medo que impulsiona a indústria do aborto: o medo de que seus sonhos vão morrer, seu futuro morrerá, sua liberdade morrerá – e a tentativa de escapar essas mortes é correr para os braços da morte.

Corra para a cruz


Um cristão deve ter um paradigma diferente. Nós devemos correr para a cruz. Para a morte. Então entregue suas esperanças. Entregue seu futuro. Entregue suas coisas pequenas da vida. Entregue seu desejo de ser reconhecida. Entregue sua impaciência com suas crianças. Entregue sua casa perfeitamente limpa. Entregue seus arrependimentos quanto à vida que você está vivendo. Entregue a vida imaginária que você poderia estar vivendo sozinha. Entregue.
Morrer para si mesmo não é o final da história. Nós, de todas as pessoas, deveríamos saber o que vem após a morte. A vida cristã é uma vida de ressurreição, uma vida que não pode ser contida pela morte, o tipo de vida que só é possível quando você foi à cruz e voltou.
A bíblia é clara quanto ao valor das crianças. Jesus as amou, e somos ordenados a amá-las e a trazê-las aos cuidados do Senhor. Devemos imitar Deus e nos deleitar em nossos filhos.

A questão é “como”


A questão aqui não se você está representando o evangelho ou não, é como você está representando. Você tem entregado sua vida aos seus filhos com rancor? Você contabiliza cada coisa que faz por eles como um agiota que contabiliza débitos? Ou você proporciona vida a eles da forma que Deus nos deu a nossa – gratuitamente?
Não basta fingir. Você pode até enganar algumas pessoas. Aquela pessoa na fila da loja talvez acredite quando você esboça um sorriso falso, mas suas crianças não. Eles sabem exatamente
Filhos sabem a diferença entre uma mãe que está fingindo para um estranho e uma mãe que defende suas vidas e o seu valor com sorrisos, amor e completa lealdade.

Ocupada com coisas boas


Quando minha pequenina me disse “você está bem ocupada!”, eu já estava grata por saber que ela já sabia qual seria a minha resposta. Era a mesma que eu sempre dava” “Sim, estou – ocupada com coisas muito boas!”.
Viva o evangelho nas coisas que ninguém vê. Sacrifique-se por seus filhos em situações que apenas eles saberão. Valorize-os acima de si mesma. Eduque-os no ambiente do evangelho. Seu testemunho do evangelho nos pequenos detalhes de sua vida tem mais valor do que você imagina. Se você ensiná-los sobre o evangelho, mas viver para si mesma, eles nunca acreditarão nele. Entregue sua vida por eles diariamente, com alegria. Entregue os aborrecimentos. Entregue a impaciência. Entregue sua raiva pela louça suja, pela máquina de lavar roupa, por como ninguém sabe o quão duro você trabalha.
Pare de agarrar-se a si mesma e agarre-se à cruz. Há mais alegria e mais vida e mais felicidade do ouro lado da morte do que você é capaz de carregar sozinha.

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com | Original aqui

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cultivando um Coração Puro - Parte 2

               Em nosso artigo anterior, vimos a necessidade urgente que temos de nos submeter diariamente a lavagem completa e purificadora do Senhor Jesus para que tenhamos uma vida espiritual saudável.
O cultivo de um coração puro exige de nós um empenho pessoal. Somos responsáveis perante Deus em guardar o nosso coração. “Sobretudo o que deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida." (Pv. 4:23). Se não somos puras, de quem é a culpa senão de nós mesmas? Prestemos atenção a exortação do apóstolo Pedro: “Amados, exorto-vos como peregrinos e forasteiros que sois a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma.” (1 Pe. 2:11). Abster-se constantemente! Precisamos fazer isso.
Jó também foi um homem como todos nós que conhecia bem a sua natureza pecaminosa, mas foi considerado um homem puro e justo diante de Deus. Em sua declaração de pureza pessoal, (Jó 31: 1 á 12), ele revela o seu cuidado para não dar lugar à lascívia (o mesmo pecado que o rei Davi caiu) fazendo uma aliança com seus olhos para permanecer inculpável. “Fiz aliança com meus olhos...” (Jó 31:1)
Demonstrou assim ter plena convicção de sua responsabilidade em tomar medidas preventivas para permanecer puro diante da presença de Deus quando disse: “Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta os meus passos?” (Jó 31:4)
E nós? Será que temos a mesma convicção da onisciência de Deus em cada passo que damos? Jó não deixou seus pés irem para o engano (v.5), a cobiça (v.1), a ganância (v.7) e o adultério.
Entretanto, o rei Davi demonstrou não ter tido o mesmo cuidado com seu coração. Em um momento de tentação não fez o que era certo, menosprezou a pureza e tratou o pecado com leviandade. Demorou para reconhecer a sua ofensa contra Deus, tornando o seu coração endurecido e desobediente às suas ordenanças.
A pureza que agrada a Deus exige compromisso permanente, diligência ininterrupta, prática e arrependimento contínuo. Ela custou ao Senhor Jesus sua própria vida e custa a nós a mortificação diária do nosso pecado.
Temos que atacar as primeiras manifestações de impureza e não nos deixar contaminar com as iguarias que esse mundo oferece. Isso significa cultivar um crescente ódio pelo pecado, como Deus odeia!
Portanto na prática, aquilo que lemos, o lazer e o entretenimento em que buscamos nos envolver, a música que ouvimos, as amizades que estabelecemos, as roupas que usamos e as conversas que temos. Tudo isso afeta o nosso coração e por isso deve ser julgado a luz da palavra de Deus.
Jamais podemos esquecer que o Deus a quem amamos, ama a pureza. William Gurnall talvez deixe isso mais evidente em suas palavras: “Deus não puxaria com tanta força, se não tivesse o propósito de arrancar o dardo que está cravado em nossa natureza. Deus ama tanto a pureza, que prefere ver um buraco a uma mancha na veste de seus filhos."
Querida amiga, sem dúvida haverá ocasiões em que esqueceremos da vitória que temos conquistado por meio de Cristo e falharemos. À semelhança de Jó, devemos fazer uma aliança com nossos olhos, reconhecer que Deus é digno de obediência, nos esforçar para arrancar os ídolos do nosso coração através da oração, da memorização da palavra de Deus e  do exercício diário do arrependimento. Lembremos  sempre que Deus tem prazer em nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.(1 Jo.1:9)  
 “Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação.” (1 Ts 4:7)

Fonte de Consulta: Livro Vencendo o mundo; Joel Beeke; Ed. Fiel.